
NO QUE SOMOS IGUAIS ÀS IGREJAS HISTÓRICAS
Pontos de convergência entre nós da E.C.A. e as igrejas históricas do ocidente e do oriente
No que concordamos com os cristãos ortodoxos (Calcedonianos):
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Admitimos como regra de fé as resoluções dos Dois Primeiros Concílios Ecumênicos - e não necessariamente as propostas Sinodais
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Cremos que o que está contido nos textos bíblicos canônicos, na Tradição e no Magistério católico tem o mesmo peso e importância
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Cremos que é o conjunto das seguintes etapas rituais da Divina Liturgia: Prefácio, Palavras da Instituição e Epiclese que transubstanciam o pão e o vinho em Corpo e Sangue de Jesus Cristo, e não apenas as Palavras da Instituição, como crê a igreja ocidental
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Cremos que o Espírito Santo fala infalivelmente através da Igreja unida em Concílios Ecumênicos, e não necessariamente em Sínodos locais ou institucionais.
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Não acreditamos em "bispo de bispos" na ordem espiritual (como a figura de um "papa"). Mas admitimos que as instituições têm líderes políticos, e que seus "poderes" se limitam às resoluções políticas.
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Não cremos que um bispo particular tem a faculdade de "inefabilidade".
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Cremos que todos as pessoas que receberam a ordem episcopal são iguais nas faculdades entre si. Mas reconhecemos que existem cargos ocupados em instituições históricas que adquiriram importância política no desenrolar dos primeiros séculos de Cristianismo, devendo-se à eles reverencia como "primazia de honra" (honra política), como é o caso do Bispo de Roma e do Bispo da Constantinopla.
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Cremos que a Santa Unção pode ser admitida quantas vezes forem necessárias, e não só duas vezes na agonia da doença ou no leito de morte (extrema unção), como crê a igreja ocidental
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Não cremos na diferença entre "culpa" e "pena" (e sim que uma implica na outra), e por causa disso não acreditamos na prática de ministração de indulgências espirituais. Mas cremos que o Sacramento da Penitência é suficiente para perdoar os pecados - e "apagar" a culpa e a pena do penitente
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Na celebração do casamento, o sacerdote é o ministro do Sacramento, e não apenas testemunha da igreja
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Admite-se o divórcio de casais que tenham contraído matrimônio religioso na Igreja Católica em casos excepcionais e por causas justas
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Nas igrejas e capelas - públicas ou privadas - são admitidos tanto ícones canonicamente escritos quanto estatuária
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Pessoas casadas podem receber Ordens Sacras - bem como, obviamente, pessoas celibatárias
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O batismo ordinariamente é celebrado por imersão total da pessoa na água; no entanto o batismo por aspersão pode acontecer excepcionalmente
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A comunhão é dada para todos (pessoas ordenadas e leigos) sob duas espécies: pão e vinho eucaristizados
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Após o batismo, o neófito recebe a crisma e a eucaristia - nessa ordem - e de imediato... inclusive crianças
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No Sacramento da Penitência, o Sacerdote absolve o penitente em nome de Deus através do ministério da Igreja, e não em nome de si próprio
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Não é admitido o poder dos bispos, metropolitas e patriarcas em questão de políticas de Estado. O "poderio" desses se dá unicamente na esfera espiritual.

NO QUE SOMOS DIFERENTES
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Admitimos qualquer pessoa independente de sexo biológico, identidade de gênero, expressão de gênero e condição sexual às Ordens Sacras;
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Celebramos o matrimônio de casais homoafetivos;
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Não estamos sob a jurisdição de um Patriarca, metropolita ou bispo de instituições históricas (sejam elas ocidentais ou orientais);
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Não nos organizamos em dioceses particulares, todo bispo ordenado na comunidade é “autônomo” e pode - caso se sinta impelido pelo Espírito - a iniciar um projeto próprio e independente da E.C.A. (existe a possibilidade de permanecer enquanto um arcipreste episcopal também, caso queira) - o objetivo é evitar mais rusgas na Igreja de Cristo.
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Não necessariamente (embora recomendável) uma pessoa precisa ter contraído matrimônio religioso para receber as Ordens Sacras – caso opte pela vida conjugal e não celibatária.
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Uma pessoa que contraiu matrimônio religioso pode receber a ordenação episcopal.
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Nossos membros clérigos ou leigos consagrados JAMAIS e em HIPÓTESE ALGUMA recebem dinheiro de fiéis para manutenção dos custos da própria vida (moradia, alimentação, transporte, estudos, etc.). Recomendamos fortemente que todos os nossos clérigos trabalhem em um ofício secular (médico, advogado, engenheiro, professor, pedreiro etc.) para custearem suas próprias vidas – secular e religiosa (compra de paramentos, objetos litúrgicos, insumos, etc)
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Nos baseamos nos ideais contidos da Regra de São Bento para os monges que viviam no Monte Cassino (Itália) no século VI. Mas reconhecemos que são ideais a serem almejados – e que dificilmente alcançaremos o “modo de estar” desses padres monges porque além de religiosos temos uma vida secular (trabalhamos, estudamos, constituímos família, etc). No entanto buscamos nos aproximar desses santos exemplos o máximo que nos é possível.
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Nosso objetivo é formar e ordenar pessoas para a vida contemplativa em ambiente secular – doméstico, cotidiano. Para tanto propomos estratégias que possibilitam nossos membros organizar de tal forma seu dia-a-dia que façam com que concretizem sua vida espiritual de forma concreta e com dignidade.